Precisamos falar sobre o Kevin

Precisamos falar sobre o Kevin Lionel Shriver




Resenhas - Precisamos Falar Sobre o Kevin


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Nathy 29/04/2024

Livro denso e cansativo. Achei a Eva muito vitimista e narcisista. Não é de se estranhar que o filho tenha crescido desajustado. Tem que persistir muito pra terminar.
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Jon O'Brien 01/09/2017minha estante
Adorei a resenha. Conseguiu expressar muita coisa que eu não tinha percebido ou tinha deixado de lado.




Giulia 28/04/2024

Livro um pouco cansativo, comecei a ler ele no início do ano e chegou um momento q me cansou, porém agora que continuei estava mt mais afim de saber da história e gostei mt. É um livro difícil de modo geral, mas q recomendo
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lismi 27/04/2024

?????
Esse livro carrega uma mágoa, rancor, tristeza, perturbação e melancolia como nunca havia presenciado. Toda a tristeza de Eva, toda a sua necessidade desesperada por um porquê de tudo o que aconteceu. Ele me fez refletir sobre como o mundo é cruel, e quem torna o mundo cruel são exatamente as pessoas que nele habitam. A ausência de respostas de Eva me faz refletir sobre como nem tudo na vida saberemos o porquê, seja para o bem, seja para o mal.
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ladylazarusplath 20/04/2024

Um esboço fidedigno da maternidade
Precisamos falar sobre o Kevin consagrou-se como uma das obras mais incômodas que já obtive o prazer de debruçar-me sobre.

O livro é narrado em formato de correspondências enviadas pela mãe de Kevin - Eva - ao seu esposo. A progenitora realiza relatos excepcionalmente sufocantes, dubitáveis, e sobretudo comoventes. Eva confidência ocorrências pessoais, como o nascimento de seu filho primogênito até o instante em que ele encontra-se sentenciado e encarcerado pela execução de uma bárbara chacina ocorrida em sua escola.

Eva khatchadourian revela-se ser uma mulher independente, espirituosa e detentora de opiniões fortemente nítidas e defendidas. A moçoila jamais demonstrara uma inclinação favorável a maternidade, tanto que somente cogitara a probabilidade de transformar-se em mãe ao conhecer Franklin, seu marido. Para agradá-lo, optara abruptamente em gerar sua prole, porém a gravidez fora firmada por sentimentos conflitantes e insatisfeitos, porquanto precisara ausentar-se da administração de sua empresa de viagens.

Kevin khatchadourian, concisamente, poderia ser descrito como uma persona taciturna, misteriosa e apática. Entretanto o garoto porta uma nublagem abastada de indagações irrequietas que ressoam incessantemente, perdurando até o desfecho da trama. Por quais razões realizara o massacre? Negligência familiar? Descontentamento interno? Crueldade fomentada pela dispensa carinhosa de sua mãe?

Francamente, ao analisar as matizes internalizadas de Kevin, tornei-me extremamente convicta de que ele trajava um vazio tedioso e, por tal razão, sucumbido por um frenesi sedento em sentir-se verdadeiramente vivo, dizimara outras pessoas.

A relação discutível entre Kevin e Eva é desconfortável, claustrofóbica e crua. Vislumbro a indiferença conjuntamente compartilhada como uma similaridade palpável que ambos detinham. É demasiado irrisório como o par, cegados pela necessidade em retratar suas falhas adversas, se assemelhavam - no senso de superioridade em detrimento de indivíduos alheios - profusamente. Emoções cinzentas e turvas são nutridas, medo e ressentimento dominam o vínculo estabelecido entre esta mãe, ávida em perceber as obscuridades que sondam seu fruto, deprimido-se pela incapacidade em conectar-se com o filho, implacável e lacônico.

Comovera-me a maneira detalhada e realista em que a enxurrada de expectativas e a rachadura delas em torno da maternidade fora esboçada. O questionamento se os pais - especificamente a genitora - devem ser martirizados pelos atos cruéis dos filhos, evoca a reflexão indelével.

Paralelamente, este livro irrompe as entranhas em um esganiço lancinante, enruga o compadecimento; embora aconchegue igualmente o seio afável ao reconhecimento de que no fim, desconsiderando as nuances duradouras e os pensamentos criticáveis, Eva e Kevin amavam-se, descomunal ou não, eles se amavam.
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Lila 03/08/2011minha estante
Não dá pra comentar comentários dos outros, né?! Mas enfim, Aninhahh, não acho que a Eva não queria ter o Kevin.
O que me pareceu, é que ela estava entediada com a vida. Ela chegou num ponto em que nada de novo acontecia e ela queria algo diferente. Daí veio o Kevin e ela percebeu que foi pelo caminho errado. Ainda que o moleque seja o capeta, eu senti por ele, acreditam?!




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caromitts 14/07/2024

Uma mão segurando o kindle a outra na consciência. um relato absurdo ao mesmo tempo incrível sobre maternidade, família, identidade e cultura. o começo vai lento depois TUDO se encaixa e, cara, que final.
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Gabi 14/07/2024

Depois de meses? terminei!
Demorei demais pra ler esse livro, mas isso não é culpa somente do livro, foi falta de tempo e um pouco de ressaca, mas o fato da Eva ser chata me irritava e eu deixava de ler as vezes também? mas enfim gostei demais me fez refletir sobre muuuitaa coisa, principalmente sobre psicologia ??
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Leticia 03/01/2022

Foi uma leitura que demorei muito para concluir, abandonei por duas vezes, mas vale a pena ir até o final. A autora por muitas vezes é prolixa e se arrasta muito em narrações e detalhamentos, tornando a leitura amarrada, mas tudo tem um porquê, assim tem que ser. E o final é aterrador, mesmo você já sabendo qual é.
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Claudia Furtado 31/01/2010

Adorei ler sobre o Kevin
Este livro é filhote da ¨roda de leitura¨, eu explico...lemos uma carta escrita por Lionel (do livro Cartas para Você)e fiquei tão fascinada que busquei um livro da autora. Minhas expectativas eram as maiores e todas, todas, todas foram superadas.

Li as resenhas antes de escrever e o que quero acrescentar é que nenhuma frase do livro é dispensável. Vou correndo comprar outro dela!
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LarissaRocks 19/02/2010minha estante
Eu estou lendo esse agora, estou impressionada. Ela tem outro chamado O mundo pós-aniversário, muito bom! A partir do segundo capítulo cada capítulo é contado duas vezes, um para cada caminho de uma decisão tomada no primeiro, ela é incrível!




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Regis2020 18/07/2023minha estante
Maravilhosa a resenha, John. Parabéns! ???
?




Eli 07/06/2022

É aquele tipo de livro que te deixa ? assim que vc termina
Eu tô simplesmente chocado com esse livro, achei o começo um pouco difícil fui demorando a me adaptar a leitura mas depois fluiu tudo muito bem.
É um livro realmente nu e cru, que te faz repensar muitas coisas. Vale muito a pena a leitura!!
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Leo Lee 20/05/2016

quando uma criança faz merda, a culpa é de quem?
Eva é uma mulher bem sucedida, com uma carreira solida e renomada no ramo de guias de viagem, faz varias viagens e tem um casamento relativamente feliz. Sua vida, porém, muda com o nascimento de seu primeiro filho, Kevin, que aos 15 anos assassinou 8 pessoas em sua escola, mas o massacre é somente o cume dessa historia. através de cartas escritas a seu ex marido, um ano e meio depois da marcante (e sempre citada) "quinta-feira", Eva faz uma analise de seu turbulento relacionamento com seu filho e em meio disso tece criticas vorazes e irônicas sobre as "obrigatoriedades" de ser mãe, sobre a postura paterna, e sobretudo sobre um Estados Unidos hipócrita.

Com uma narrativa envolvente e penetrante, e com grande embasamento jornalistisco (todos os nomes e noticias citadas no livro, tirando a de Kevin, são reais), "Precisamos Falar Sobre o Kevin" é um livro pra se colocar na cabeceira da cama.
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Kath 05/02/2019

A maternidade pode ser perigosíssima!
Esse foi, de longe, um dos livros mais difíceis que já li.

O livro é narrado através das cartas e e-mails de Eva para seu marido Franklin. De início nós temos apenas 3 certezas: 1. Eva não está mais com marido. 2. Eva não queria ser mãe. 3. O filho de Eva e Franklin está preso por assassinato em massa na escola. Até então tudo é meio nublado, apesar de ser dado logo na cara essas três certezas elas são mastigadas ao máximo por Eva que detalha sua vida de casada e mulher de negócios que vivia muito bem com o marido em Nova Iorque e não precisava de mais nada, além dele, para sua felicidade ser estável. Contudo, ela percebia que para Franklin apenas ela não era o bastante. Ele desejava um filho mesmo que nunca exigisse isso dela diretamente.

Mesmo estando consciente de que não queria um filho e não queria ser mãe, ela decide dar um filho ao marido, para realização dele, sem pesar as consequências que isso acarretaria para ela e a sua empresa, a vida que ela estava acostumada a levar. E então outra certeza entra em foco: Kevin nunca foi desejado pela mãe mesmo apesar da sua decisão. Tanto é que quando descobre que realmente está grávida, a reação de Eva é a pior possível e ela veste a máscara de futura mãe feliz se forçando a acreditar que, com o nascer do filho, o instinto materno então ausente (e aparentemente presente em todas as mulheres) vai aflorar nela.

Contudo, isso não acontece. Essa cena do parto dela me lembrou A Senhora do Jogo (um livro que leva o nome de Sidney Sheldon só pra vender, mas que não foi escrito por ele), era como um protesto, dizendo que se a criança era rejeitada desde a concepção tinha de vir ao mundo com a máxima dor para desde já saber o seu lugar. Algo do tipo. Eu não sou PSIcóloga/quiatra/canalista então não posso dizer com precisão nada a respeito da mente de Kevin ou de Eva, estou dando aqui puramente minhas impressões de leitura. Se é possível e verdadeiro que uma criança crie um vínculo com a mãe desde a barriga (coisa na qual, por sinal, eu acredito muito) então Kevin já sabia desde muito que a mãe não o queria e todos os seus instintos trabalharam, no início, para "protegê-lo" dela. Dessa forma, desde sempre ele a rejeitou porque sabia que todo o seu afeto era fingido.

Enquanto isso, Franklin (completamente idiota por ser pai desde a concepção do menino, tratando a esposa como uma debilitada), se recusava a acreditar que era possível um bebê sentir tal antipatia pela mãe e que era Eva que não compreendia o filho por não desejá-lo realmente. Isso se dá a vida inteira. Passeamos pela infância apática de Kevin, em que ele não demonstrava interesse por nada que não fosse confrontar sua mãe de todas as maneiras possíveis, o assustador da história está sempre nas entrelinhas, na forma como a rebeldia do menino é sutil e ele consegue fazer parecer totalmente arbitrária (se é que não o fosse de fato). Ainda assim, contrariando tudo, era dotado de uma inteligência quase fora do comum, mesmo que se empenhasse em demonstrar certo grau de estupidez ou recusa pelo conhecimento de propósito.

Muito do que Kevin pensava sobre o mundo era, percebemos mais tarde, um reflexo da mãe e embora ele criticasse de modo mordaz seu pensamento a respeito dos americanos que ela tanto desprezava (apesar de morar nos Estados Unidos e ser casada com um deles), muito do pensamento dela era tomado por ele como uma verdade e os diálogos desses dois eram reais embates psicológicos. Inclusive, num restaurante, quando Kevin tinha apenas 14 anos, sua sagacidade e erudição impressionam no diálogo com a mãe. Contudo, percebemos que, ao recusar a mãe e decidir (por falta de uma construção melhor) "crescer por conta própria, o menino não se desenvolveu apropriadamente, coisa que fica implícita na maneira como ele comete birras infantis mesmo na adolescência ou usa fralda de propósito até os seis anos só para atingir a mãe.

A coisa é que Kevin não era totalmente ruim ao passo que também não era bom. Eu terminei o livro sem conseguir ter uma ideia certa do motivador dele porque, por incrível que pareça, ao contrário do que vi muita gente dizer, eu não acho que foi a mãe dele. Acredito sim que ele tenha construído uma admiração pessoal por ela e muito do seu pensamento meio cruel do mundo e dos EUA, e, sobretudo, que ele queria a aprovação dela, coisa que nunca conseguiu em especial quando ela decidiu ter outro filho para provar o afeto maternal que nunca conseguiu alcançar com ele. Muitas das ações dele eram de fato para atacar Eva e ela era o cerne da raiva com a qual ele nasceu. Aquela raiva inexplicável que o tornava apático para o mundo. Porém, não acreditei, em momento nenhum, que ela fosse a razão de ele fazer o que fez na escola, embora ache com toda a certeza que o que ele fizera em casa tivesse o propósito claro de atingi-la como ele mesmo admitiu. Inclusive, em parte isso me lembrou a trama criada no filme A Órfã em que a guria mata todo mundo, mas deixa a mulher viva porque ela era o alvo do sofrimento e deixá-la sozinha seria a pior morte.

Cheguei ao breve pensamento de que Kevin era apenas vazio. Ao sentir a rejeição da mãe desde sempre ele não conseguia sentir empatia ou se conectar com o mundo o que tornava o amor "empurrado" do pai insuportável porque era claramente uma tentativa idiota de suprir aquilo que a mãe não dava. E em geral ele era tão parecido com Eva que impressionava que ela mesma não admitisse querer atirar em algumas pessoas. No final do livro, quando ele finalmente responde a pergunta que permeia o livro inteiro: "Por quê?" a gente percebe isso com mais nitidez, ele era alguém que não sabia lidar com sentimentos e os rejeitava com todas as suas forças, ao mesmo tempo que odiava a apatia. Ao fazer o que fez, acredito que ele teve apenas duas intenções: A primeira era atingir Eva, isso é óbvio, a segunda era puramente se sentir vivo. Sentir alguma coisa talvez, algo que ele pudesse não controlar, mas que não lhe causasse aquela sensação de asco como ele aprendeu a sentir com o afeto a partir do tratamento fingido da mãe ao longo de toda a sua vida.

Eva, por sua vez, entendeu a maternidade da pior forma possível e essa lenta construção (e põe lenta nisso) era apenas uma tentativa árdua de entender o próprio filho algo pelo qual ela de fato nunca se interessou sejamos bem francos. A sensação que eu tive é que ela só viu Kevin, de verdade, quando ele era tudo que ela podia ver e mesmo no começo ela só queria entender por que ele havia tirado tudo dela. E pode até ser que ele tenha feito isso para que ela o enxergasse de verdade embora ainda ache que a parte da escola foi pura e simplesmente porque ele queria sentir alguma coisa, ao mesmo tempo que queria tirar daquelas pessoas em específico algo que ele não conseguia ter: paixão por algo, determinação indômita, desejo. As pessoas que ele matou na escola (do pior jeito possível diga-se de passagem) eram o reflexo do que a sociedade e os pais esperavam dele e era isso que o irritava naquelas pessoas.

O livro levanta questionamentos sobre a cobrança das sociedades a respeito não só da maternidade em si (que parece ser uma imposição a todas as mulheres), mas ao papel delas na família uma vez que ainda não se aceita que uma mulher possa trabalhar e ser mãe ela deve ficar em casa cuidando dos filhos, a ideia arcaica do "sacrificar-se pela família". Te digo que, apesar de abordar o tema, o livro não é sobre a construção de um massacre (ou muitos como é mostrado no livro), mas sobre a construção da mulher e da maternidade, sobre a complexidade humana e sobre o papel imprescindível da afetividade (real e sincera) que vincula entre mãe e filho já na concepção. Além de que, a meu ver (e não querendo entrar aqui na discussão do aborto, obrigada), esse livro reflete sim a possibilidade real de entendimento do feto pelo sensorial.

Os últimos capítulos desse livro foram quase impossíveis de digerir, deixaram realmente uma sensação de mal estar que música nenhuma conseguiu acalmar de modo que eu não indicaria mesmo para pessoas sensíveis. Achei também o livro um pouco maçante, a Eva as vezes dava voltas enormes até chegar ao ponto principal e, ao mesmo tempo que era bom pra conhecer a personalidade dela, por vezes ficava meio chato. Mas acredito que a proposta do livro desde o começo já fosse essa, ser incômodo e forte.
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