Precisamos falar sobre o Kevin

Precisamos falar sobre o Kevin Lionel Shriver




Resenhas - Precisamos Falar Sobre o Kevin


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Nanda 20/07/2022

Precisavam ter falado sobre Kevin
Dei 4 estrelas pois o começo do livro achei um pouco difícil de engatar a leitura, demorou para me prender e a leitura estava pesada e lenta. Algo que não gostei é o tamanho dos capítulos, por mais que sejam em cartas, eram gigantes, e eram muitos assuntos misturados em uma mesma carta.

Mas tirando isso, de modo geral, o livro é sensacional.

Primeiro, o modo como eles abordam o fato de uma mulher não querer ter filhos e o quanto isso pode impactar em sua vida e principalmente na criação da criança é extremamente necessário, para tirar essa imposição de que todas as mulheres devem ser mães, principalmente no sentido de gerar a criança (falta empatia por quem não consegue engravidar, ou por quem escolhe adotar).

E segundo pela abordagem sobre traços de psicopata, se a criança nasceu assim, se é por causa da mãe, por causa da criança, etc.

É um livro que certamente te fará ficar pensando e questionando e refletindo, principalmente as cenas finais.

Eu não estava esperando o que acontece ali por 95%, realmente me pegou de surpresa.

Não vi o filme ainda, mas com certeza vou dar a chance.
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Jaqueline 21/07/2022

Precisamos falar sobre Kevin
Que livro horrivel, esperava bem mais e para mim foi uma perda de tempo. No início à construção foi muito bem feita, porém o final foi tão perdido, como se a autora não conseguisse dar um bom desfecho que concidisse com o erendo, então colocou qualquer coisa.


É uma leitura incômoda, até à parte bem construída, trata de assuntos como maternidade e anulação das mulheres ao serem mães, mas principalmente sobre maldade. Uma maldade que todos nós temos em menor ou maior grau.

Vale apena, pois te traz muitas reflexões, já que é um livro que escancara à podridão, mas não espere muito do final.
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Gabriel Reis 07/11/2015minha estante
Eu fico sem palavra pra definir o quão incrível essa obra é!! Eu acho tudo muito surreal, surpreendente, chocante, amedrontador!! Muito boa sua resenha


Nat 08/11/2015minha estante
obrigada!




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Joao Rossini 03/11/2015

Tenso
É muito dificil falar sobre este livro. Bom, vou começar dizendo que eu não o considero apenas como uma historia ficção e sim um grande trabalho literário.
Ler este livro é como uma tortura necessária, uma especie de hipnotismo do tipo, você não quer ler mais no momento que começa também não quer parar. A história é contada em forma epistolar, através das cartas de Eva Khatchadourian que escreve ao marido ausente Franklin Plaskett. Eva é a mãe do infame Kevin Khatchadourian, o "arquiteto "do massacre Gladstone High School. As cartas de Eva são divididas em duas partes. Um fala da época atual, suas angústias como a mãe universalmente conhecida do adolescente infame: os pais enlutados dos colegas de Kevin que moveram uma ação civil contra ela, que ela está lutando com seu jeito tipicamente desinteressado, e visitar seu filho regularmente em uma instituição correcional onde ele está preso. A outra parte das cartas traça Kevin desde a sua concepção até a fatídica quinta-feira. No desenrolar da história, temos uma imagem de Eva e Franklin. Ela, espirituosa, independente, liberal, orgulhosa de sua ascendência armênia e um pouco desdenhoso de seu país adotivo: ele, mais convenciona e aborrecido tipo americano. Eva nunca desejou uma criança, mas ela sucumbe às súplicas de Franklin e concebe Kevin. E a partir do momento em que põe os pés na terra, a vida de Eva torna-se uma história de horror. Kevin, através dos olhos de Eva, é retratado de forma tão maligna que nós estremecemos; conforme ele cresce, sua natureza maligna também se expande. Para a frustração de Eva, Franklin permanece alheio a verdadeira natureza de seu filho, tentando recriar o fictício "sonho americano" em seu quintal. Eva e Kevin se enfrentam muitas vezes durante os dezesseis anos que conduzem à apoteose até naquela tarde de quinta-feira, com Eva sempre a perdedora. Kevin é uma criança estranha desde o início. Ele evita o leite materno, não fala (embora ele tenha aprendido ) inclusive se recusa até os 03 anos a usar o toalete. Ele é apático para tudo, parecendo vivaz somente quando ele consegue incitar Eva a sentir raiva. Com Franklin, ele faz o papel da criança Americana típica, mas ironicamente.
Assim, o romance se move lentamente em direção ao seu clímax destrutivo, ganhando velocidade, e quando isso ocorre, é muito mais do que nós esperamos. É uma viagem só de ida para a escuridão. Lionel Shriver diz no posfácio que as pessoas que leram o romance se dividem em dois lados: os que vêem Kevin como verdadeiramente mal e Eva como a vitima, e aqueles que o vêem como uma vítima das circunstâncias, tendo uma uma mãe indiferente. É fácil perceber porquê. Ms.Shriver conseguiu enquadrar a narrativa a partir do POV de Eva Khatchadourian de tal maneira que toda a veracidade do conto depende se nós confiamos nela ou não. O leitor é forçado a fazer um julgamento de caráter e ficar por isso. Em suma, como vemos Eva e Kevin vai depender muito sobre quem somos. Para um romance tão escuro, mais assustador do que qualquer história de horror, a novela termina com uma nota tão docemente sentimental que houve de repente um nó na garganta. De repente, lembrei-me de que, para todos os seus defeitos monstruosas, Kevin ainda é apenas uma criança. Este livro vai ficar na sua mente por um longo tempo depois que você o ler. Mais importante, ele irá definir o seu pensamento.
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Mirella 13/10/2015

Muito bom!
Ao terminar de lê-lo, me senti como se tivesse levado um murro na boca do estômago! Livro forte, que deixa o leitor desconfortável. É muito bom! Mas, como eu disse, é forte, tenso. Certifique-se de estar bem, relaxado, sem preocupações, antes de começar o livro. Caso contrário, espere por uma oportunidade quando a vida lhe estiver mais leve. Ainda assim, recomendo!
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paginasdagio 29/09/2021

Bom mas MUITO cansativo
É a primeira vez na vida que indico a pessoa a assistir o filme e não ler o livro. Vejo muitas notas altas para esse livro, mas ninguém fala a real. Ele é muito cansativo. Do que adianta a ideia da história ser foda, e o desenvolvimento ser um cansaço total?

As primeiras 100 páginas é uma enrolação sem fim, que você as vezes vai pulando parágrafo de tão cansativo. É só lá para os 70% do livro quando chega na adolescencia do Kevin que a história dá uma animada.

Sobre os personagens, todos são odiosos, mas devo dizer que sinto mais ódio do Franklin do que do Kevin. Porque o Kevin a gente já sabe que ele é ruim e psicopata, mas o Franklin é simplesmente um pai horrível que não abre o olho para a verdadeira pessoa que o filho é. Querendo ou não, no final, Eva e Kevin se entendem mais do que Kevin e Franklin, e olha que os dois se odeiam.

É um livro interessante para se pensar sobre a forçação que é a sociedade querer que a mulher seja mãe mesmo quando ela não quer, e sobre a história de se uma pessoa já nasce ruim e malvada ou se o meio a torna assim.
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Kath 05/02/2019

A maternidade pode ser perigosíssima!
Esse foi, de longe, um dos livros mais difíceis que já li.

O livro é narrado através das cartas e e-mails de Eva para seu marido Franklin. De início nós temos apenas 3 certezas: 1. Eva não está mais com marido. 2. Eva não queria ser mãe. 3. O filho de Eva e Franklin está preso por assassinato em massa na escola. Até então tudo é meio nublado, apesar de ser dado logo na cara essas três certezas elas são mastigadas ao máximo por Eva que detalha sua vida de casada e mulher de negócios que vivia muito bem com o marido em Nova Iorque e não precisava de mais nada, além dele, para sua felicidade ser estável. Contudo, ela percebia que para Franklin apenas ela não era o bastante. Ele desejava um filho mesmo que nunca exigisse isso dela diretamente.

Mesmo estando consciente de que não queria um filho e não queria ser mãe, ela decide dar um filho ao marido, para realização dele, sem pesar as consequências que isso acarretaria para ela e a sua empresa, a vida que ela estava acostumada a levar. E então outra certeza entra em foco: Kevin nunca foi desejado pela mãe mesmo apesar da sua decisão. Tanto é que quando descobre que realmente está grávida, a reação de Eva é a pior possível e ela veste a máscara de futura mãe feliz se forçando a acreditar que, com o nascer do filho, o instinto materno então ausente (e aparentemente presente em todas as mulheres) vai aflorar nela.

Contudo, isso não acontece. Essa cena do parto dela me lembrou A Senhora do Jogo (um livro que leva o nome de Sidney Sheldon só pra vender, mas que não foi escrito por ele), era como um protesto, dizendo que se a criança era rejeitada desde a concepção tinha de vir ao mundo com a máxima dor para desde já saber o seu lugar. Algo do tipo. Eu não sou PSIcóloga/quiatra/canalista então não posso dizer com precisão nada a respeito da mente de Kevin ou de Eva, estou dando aqui puramente minhas impressões de leitura. Se é possível e verdadeiro que uma criança crie um vínculo com a mãe desde a barriga (coisa na qual, por sinal, eu acredito muito) então Kevin já sabia desde muito que a mãe não o queria e todos os seus instintos trabalharam, no início, para "protegê-lo" dela. Dessa forma, desde sempre ele a rejeitou porque sabia que todo o seu afeto era fingido.

Enquanto isso, Franklin (completamente idiota por ser pai desde a concepção do menino, tratando a esposa como uma debilitada), se recusava a acreditar que era possível um bebê sentir tal antipatia pela mãe e que era Eva que não compreendia o filho por não desejá-lo realmente. Isso se dá a vida inteira. Passeamos pela infância apática de Kevin, em que ele não demonstrava interesse por nada que não fosse confrontar sua mãe de todas as maneiras possíveis, o assustador da história está sempre nas entrelinhas, na forma como a rebeldia do menino é sutil e ele consegue fazer parecer totalmente arbitrária (se é que não o fosse de fato). Ainda assim, contrariando tudo, era dotado de uma inteligência quase fora do comum, mesmo que se empenhasse em demonstrar certo grau de estupidez ou recusa pelo conhecimento de propósito.

Muito do que Kevin pensava sobre o mundo era, percebemos mais tarde, um reflexo da mãe e embora ele criticasse de modo mordaz seu pensamento a respeito dos americanos que ela tanto desprezava (apesar de morar nos Estados Unidos e ser casada com um deles), muito do pensamento dela era tomado por ele como uma verdade e os diálogos desses dois eram reais embates psicológicos. Inclusive, num restaurante, quando Kevin tinha apenas 14 anos, sua sagacidade e erudição impressionam no diálogo com a mãe. Contudo, percebemos que, ao recusar a mãe e decidir (por falta de uma construção melhor) "crescer por conta própria, o menino não se desenvolveu apropriadamente, coisa que fica implícita na maneira como ele comete birras infantis mesmo na adolescência ou usa fralda de propósito até os seis anos só para atingir a mãe.

A coisa é que Kevin não era totalmente ruim ao passo que também não era bom. Eu terminei o livro sem conseguir ter uma ideia certa do motivador dele porque, por incrível que pareça, ao contrário do que vi muita gente dizer, eu não acho que foi a mãe dele. Acredito sim que ele tenha construído uma admiração pessoal por ela e muito do seu pensamento meio cruel do mundo e dos EUA, e, sobretudo, que ele queria a aprovação dela, coisa que nunca conseguiu em especial quando ela decidiu ter outro filho para provar o afeto maternal que nunca conseguiu alcançar com ele. Muitas das ações dele eram de fato para atacar Eva e ela era o cerne da raiva com a qual ele nasceu. Aquela raiva inexplicável que o tornava apático para o mundo. Porém, não acreditei, em momento nenhum, que ela fosse a razão de ele fazer o que fez na escola, embora ache com toda a certeza que o que ele fizera em casa tivesse o propósito claro de atingi-la como ele mesmo admitiu. Inclusive, em parte isso me lembrou a trama criada no filme A Órfã em que a guria mata todo mundo, mas deixa a mulher viva porque ela era o alvo do sofrimento e deixá-la sozinha seria a pior morte.

Cheguei ao breve pensamento de que Kevin era apenas vazio. Ao sentir a rejeição da mãe desde sempre ele não conseguia sentir empatia ou se conectar com o mundo o que tornava o amor "empurrado" do pai insuportável porque era claramente uma tentativa idiota de suprir aquilo que a mãe não dava. E em geral ele era tão parecido com Eva que impressionava que ela mesma não admitisse querer atirar em algumas pessoas. No final do livro, quando ele finalmente responde a pergunta que permeia o livro inteiro: "Por quê?" a gente percebe isso com mais nitidez, ele era alguém que não sabia lidar com sentimentos e os rejeitava com todas as suas forças, ao mesmo tempo que odiava a apatia. Ao fazer o que fez, acredito que ele teve apenas duas intenções: A primeira era atingir Eva, isso é óbvio, a segunda era puramente se sentir vivo. Sentir alguma coisa talvez, algo que ele pudesse não controlar, mas que não lhe causasse aquela sensação de asco como ele aprendeu a sentir com o afeto a partir do tratamento fingido da mãe ao longo de toda a sua vida.

Eva, por sua vez, entendeu a maternidade da pior forma possível e essa lenta construção (e põe lenta nisso) era apenas uma tentativa árdua de entender o próprio filho algo pelo qual ela de fato nunca se interessou sejamos bem francos. A sensação que eu tive é que ela só viu Kevin, de verdade, quando ele era tudo que ela podia ver e mesmo no começo ela só queria entender por que ele havia tirado tudo dela. E pode até ser que ele tenha feito isso para que ela o enxergasse de verdade embora ainda ache que a parte da escola foi pura e simplesmente porque ele queria sentir alguma coisa, ao mesmo tempo que queria tirar daquelas pessoas em específico algo que ele não conseguia ter: paixão por algo, determinação indômita, desejo. As pessoas que ele matou na escola (do pior jeito possível diga-se de passagem) eram o reflexo do que a sociedade e os pais esperavam dele e era isso que o irritava naquelas pessoas.

O livro levanta questionamentos sobre a cobrança das sociedades a respeito não só da maternidade em si (que parece ser uma imposição a todas as mulheres), mas ao papel delas na família uma vez que ainda não se aceita que uma mulher possa trabalhar e ser mãe ela deve ficar em casa cuidando dos filhos, a ideia arcaica do "sacrificar-se pela família". Te digo que, apesar de abordar o tema, o livro não é sobre a construção de um massacre (ou muitos como é mostrado no livro), mas sobre a construção da mulher e da maternidade, sobre a complexidade humana e sobre o papel imprescindível da afetividade (real e sincera) que vincula entre mãe e filho já na concepção. Além de que, a meu ver (e não querendo entrar aqui na discussão do aborto, obrigada), esse livro reflete sim a possibilidade real de entendimento do feto pelo sensorial.

Os últimos capítulos desse livro foram quase impossíveis de digerir, deixaram realmente uma sensação de mal estar que música nenhuma conseguiu acalmar de modo que eu não indicaria mesmo para pessoas sensíveis. Achei também o livro um pouco maçante, a Eva as vezes dava voltas enormes até chegar ao ponto principal e, ao mesmo tempo que era bom pra conhecer a personalidade dela, por vezes ficava meio chato. Mas acredito que a proposta do livro desde o começo já fosse essa, ser incômodo e forte.
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Emanuele Spies 22/09/2015

Que livro ler depois?
Existe uma linha invisível que separa os grandes livros dos bons livros, que por sua vez se separam dos livros comuns. Precisamos falar sobre o Kevin me mostrou que existe uma linha ainda mais imperceptível: a dos livros que mudam sua vida.
Foi impossível ler essa história sem odiar o Kevin, sem ficar angustiada, nervosa, aflita, triste.
Um mar de emoções. Uma leitura devastadora.

Ainda assim, o melhor livro que já li. E mesmo depois de tanto tempo, continua sendo o melhor.

Nem mesmo outros livros da Lionel conseguiram ser tão envolventes, fortes e marcantes. Fica quase impossível a tarefa de achar algum livro maravilhoso após ler esse.
hassdc 21/11/2015minha estante
Concordo com o título e até hoje procuro um livro a altura, nem que seja com tema diferente.
Eu demoro 1 mes para ler um livro fino e olhe lá; esse eu li em 4 dias. Incrível.
Quanto a outros dela, peguei um gosto pela escrita que só falta um livro dela para eu ter lido todos em português.
Recomendo os outros também.




Dias90 12/08/2022

depressão
o que dizer deste livro?! confesso q demorei até pegar um ritmo de leitura com ele (tanto q eu havia largado três vezes).
Em relação a escrita: é bem pesada, além de cansativa ela irrita pois as vezes eu até pegava o ritmo mas vinha frases desnecessariamente longas com palavras muito difíceis. Confesso q muitas vezes pulei algumas partezinhas por saber q iria acabar me distraindo da parte principal do q queria ser dito.

Sobre a história: como tá aí no título da resenha, a palavra q descreve é "depressão" KKKKKK brincadeiras a parte, é uma história pesada. A Eva passa por muitas coisas difíceis, você sente raiva de todo mundo, ao longo da leitura nem mesmo no q ela dizia eu acreditava mais.
Um ponto q não gostei foram palavras pejorativas sobre homossexuais e pessoas gordas, por exemplo, de forma gratuita. Não sei se a autora quis realmente transmitir essa coisa do preconceito, só sei q algumas partes me deixaram desconfortáveis. No mais, gostei bastante do livro, o plot é de dar frio na barriga.
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Sam186 24/07/2015

Impactante...
OMG! O que dizer desse livro?... Ele possui uma mensagem tão verdadeira e tão assustadora... É possível fazer uma reflexão muito interessante a respeito de relações familiares, da sociedade, enfim... o livro tem muita coisa pra ser explorada, por isso, uma releitura é altamente recomendável.
Mick 31/12/2015minha estante
Interessante!




Juliana Soares 30/07/2015

Surpreendente!
Devo admitir que no início do livro, eu o estava achando um saco, que a Eva era só mais uma americana que passa o tempo inteiro criticando os outros (americanos) mas que não aponta o dedo pra si mesma em ocasião nenhuma (digamos que isso não mudou muito). Mas lá pra página 80, depois do nascimento do Kevin, a coisa começou a ficar interessante.
No livro, Eva narra em cartas a seu marido todos os acontecimentos envolvidos com Kevin, ou seja, desde antes de seu nascimento até depois da trágica quinta-feira. Antes de tudo, Eva não queria de maneira alguma ter um filho, achava que sua vida estava suficiente boa sem crianças por perto, mas seu marido, Franklin, queria desesperadamente um filho para mimar. Depois de muita negação, Eva resolve engravidar, mas a partir do momento em que ela passa mais de 20 horas no parto de Kevin e vê aquele olhar ao nascer, ela acha que não foi lá uma boa ideia.
Eva detalha toda a infância de Kevin e tenta justificar ao máximo o motivo dela não amar seu filho: já quele não a ama por quê ela deveria amá-lo? Kevin é uma criança totalmente inexpressiva, não gosta de nada e não se importa com nada. Porém com Frankin é o contrário, ele ama tanto o filho que se distancia da esposa e não liga nenhum pouco para as travessuras de Kevin, dizendo que isso é coisa de menino. A adolescência do menino não é tão diferente: continua inexpressivo e vive atormentando a mãe.
Mas em alguns momentos, é possível enxergar uma certa melancolia nele. Eva, por alguns momentos consegue arrancar sorrisos dele, porque ao invés do meloso e incrivelmente chato pai, a mãe o contraria e o desafia em tudo. Eu devo admitir também que eu criei uma certa afeição por ele em alguns momentos, eu senti o que ele sentia, sabe? (ps: eu confesso que eu tenho uma certa afeição por pessoas "loucas", não sei explicar, até já pensei em ser psiquiatra/psicologa por isso) e o final foi uma enorme surpresa! Eu mal consegui respirar a partir do momento em que ela começou a narrar a fatídica quinta-feira até o momento em que o livro acabou. Cada fala de Kevin me dava um soco na cara, esse livro é uma coisa de louco! O diálogo final me deixou sem palavras e com uma lágrima no rosto. Não consigo expressar meu amor por ele! Se você ainda não leu, vá ler já! Garanto que você não irá se arrepender.

site: vivendodedevaneios.blogspot.com
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Clarinha 30/08/2021

Não consegui parar de ler
"Um dos primeiros sacrifícios a se fazer em nome da vida em família, é a irreverência"

É uma leitura envolvente e aterrorizante.

As emoções das personagens são transmitidas com clareza e logo me vi presa à narrativa; tudo é descrito tão detalhadamente que é como se víssemos dentro da mente de cada uma das pessoas da história.

Durante a leiteira eu senti raiva, pena, tristeza, empatia, satisfação, dentre muitas outras coisas, e torcer por um lado colocou em cheque minha noção subjetiva de moral em alguns momentos [bem como me colocar no lugar das personagens e me perguntar: o que eu faria em uma situação como essa?]

Pretendo ler novamente e, se possível, adquirir essa obra. Não é um livro de cabeceira para quem quer uma leitura tranquila e sem preocupações, mas é o tipo de livro que prende seus olhos da primeira a última página.
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Roberta 10/09/2015

Incrível
Simplesmente incrível! Há muito que eu não lia um livro que mexesse tanto comigo. Surpreendente e até agora o estou digerindo. Acho que todos deviam ler.
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Julia 14/09/2021

fantástico
não tenho muito costume de ler livros parecidos com esse, o que fez o começo ser um pouco cansativo, isso também explica o tanto que eu demorei pra ler, mas a partir do momento em que peguei o ritmo e me acostumei com o gênero, foi incrível.

consegui me sentir na pele de Eva, desconfiando mais e mais a cada movimento que o Kevin fazia, e isso tornou o livro muito tenso em alguns momentos.

tem alguns detalhes que eu gostaria de ouvir de acordo com a visão do Kevin, tais como a quinta-feira no ginásio, ou antes disso, na casa deles, só assim teria certeza (ou não, visto que o menino continua um mistério pra mim, e eu continuo desconfiada) do que aconteceu.

de certa forma, fiquei um pouco surpresa com o final. por mais dedutível que tenha sido, não achei que o Kevin sentiria algo anos depois, nem mesmo dúvida de se o que fez valeu a pena. é triste pensar que embora o livro seja imaginário, foram muitos os casos de massacres desse tipo que aconteceram realmente.
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