Resenhas - Precisamos Falar Sobre o Kevin

Caroline.Dantas 19/05/2021

Simplesmente impecável
Já havia assistido ao filme quando o li. Mas o livro me impactou muito mais por abordar mais diretamente a maternidade compulsória e como isso afeta as crianças e as mães. Tornei-me fã de Lionel depois de ler essa obra.

Anna Carolina 04/06/2021

Simplesmente incrível
Confesso que no início achei que eu não ia aprovar o livro,parecia meio entediante o excesso de detalhes,mas com o desenvolvimento da escrita e da leitura eu simplesmente me apaixonei em todos os detalhes criados com muito perfeccionismo,cada situação,no final do livro tem um motivo.

Kevin é um personagem ?amável?,me sentia dentro da história diversas vezes,cada personagem foi muito bem desenvolvido e calculado.

O enredo é divino,cada diálogo e cada acontecimento que Kevin era o protagonista me dava arrepios de tensão e desenvoltura.

Vi muitas pessoas reclamando do final e falando que era ?previsível?,a história desde o início é previsível,mas valeu a pena ler o livro todo para saber o acontecimento detalhadamente no final.E além disso não considerei um final vazio nem previsível,fiquei bem surpresa...

Super indico o livro,ele é um pouquinho grande mas vale a pena!

Rockadel 10/06/2021

Kevin, o psicopata que eu ainda não faço ideia se ama ou não a mãe dele.
Esse livro, meu deus do céu, que livro bom.
Eu lia esse livro sabendo que ele seria um dos meus favoritos da vida e se concretizou, obviamente. A escrita e a narrativa são perfeitas e todas as páginas, sem excessão, são necessárias para a construção dessa história, que mesmo sendo tão pesada, conseguiu cair leve em mim. Mesmo nas partes de descrição exacerbada e pensamentos sobre países como a Romênia e os Estados Unidos, eu amei.
Eva conta a história da maneira exata que ela precisa ser contada, desde o começo foi tudo necessário, foi tudo bem pensado, realizado no momento certo.
E, mesmo depois de ler o livro e assistir o filme (noto agora que o filme comeu partes que eu gostaria que tivesse aparecido), eu ainda não sei com certeza se Kevin Katchadourian ama a mãe ou não.

Pati 13/06/2021

wow.
a veracidade e honestidade com que eva traz sua história é de uma delicadeza turbulenta sem precedentes.
é muito comum - e partidário, inclusive - ouvir e ler histórias de massacres adolescentes sob a perspectiva do réu, porém o que torna esse livro tão particularmente bom e enlouquecedor é justamente o leitor não ter ideia do que se passa na cabeça do personagem que rodeia a trama.
eva foi direta, sensível - e insensível, muitas vezes - sobre tudo: maternidade, casamento, suas expectativas e propósitos pessoais, a relação de família, sobre responder à "grande questão", e, especialmente, sobre seus sentimentos para com kevin. a relação crua, fria, cheia de desdém de ambas as partes mostra de maneira real a maternidade fora da romantização; cai por terra o estigma de que o parto é um momento fantástico, de que a emoção e o amor são puros, genuínos e verdadeiros desde o começo e que o papel de "mãe" é responsável pela criação do ser humano que, naquele momento, é só um amontoado de células.
eu gostei muito da sinceridade com que a história foi escrita, acho que foi o que mais me atraiu.
e, por estar totalmente imersa no livro, não pensei que cairia em um plot twist, porém sim, lionel you did it; pensei que franklin e celia estavam são e salvos, jamais me passou pela cabeça que kevin só pouparia sua própria mãe - a qual ele desdenhava - da morte.
o final me deixou extremamente intrigada, e realmente gostaria de ter descoberto mais sobre os novos sentimentos da eva por kevin, mas acho que a autora foi muito inteligente na escolha do final, apesar da minha curiosidade.

no geral, uma leitura bonita, proveitosa, emocional e verdadeira. um dos melhores livros que já li.

anterique 14/06/2021

Sufocante
Um livro extremamente necessário nos dias de hoje. A leitura é carregada de emoção e de angústia, vemos Eva relatar tudo em cartas destinadas ao marido, a cada capítulo terminado, eu passava uns dez minutos refletindo sobre ele, não achei uma leitura arrastada, acho que cumpriu bem o seu papel de levar o leitor para aquela realidade.

Tawannya 20/06/2021

Particularmente esse não seria o tipo de livro que colocaria na minha lista, no entanto, foi indicação do clube do livro que participo. No início senti uma certa dificuldade de adentrar na história, mas com o decorrer do tempo foi ficando interessante. Vê a visão de uma mãe acerca dos acontecimentos que ocorreram até que seu filho Kevin resolver matar vários de seus colegas de classe, e alguns familiares.
Entretanto o que mais me chamou atenção foi a visão que ela tinha do seu filho ao longo dos anos, a forma como ela enxergava o que ele realmente era, enquanto o pai ficava alheio a isso. Esse livro me fez repensar algumas coisas na nossa sociedade, e espero que vocês também consigam. Desejo uma boa leitura.

Greice 21/06/2021

Kevin é um menino que desde o nascimento traz muitos questionamentos à maternidade de sua mãe Eva. ...

Fernanda.Sampaio 25/06/2021

"Imagino que seja uma noção comum, essa, a de que já estamos tão avariados que a própria avaria, em sua totalidade, acaba nos deixando mais seguros".

Stephanie.Rodrigues 28/06/2021

Melhor livro
O livro e contado por Eva em cartas para seu Marido, achei sensacional o quão profundo os personagens são, a cada pagina mostrando mais e mais suas faces.
De início o relato de uma mulher sofrendo as pressões sociais para ter um filho e depois o relato de uma mãe, desesperada, apenas lutando para dar o seu melhor.

DêlaMartins 04/07/2021

Impactante
A narrativa é em formato de cartas solitárias e sem resposta de Eva (mãe) para Franklin, pai de Kevin. É doída, sofrida e racional a forma com que a mãe descreve seu filho Kevin desde o nascimento até o massacre cometido por ele na escola, aos quase 16 anos. Eva vê o filho como ele é: frio, apático, sem planos, sarcástico, um menino perdido e ruim, desde bebê. Assim, ela escreve para o marido detalhando alguns fatos chocantes da história desse assassino jovem. Conta como ele olhava para ela, como tratava o pai, como não se importava com a irmã mais nova, como se vestia... Pra mim, uma pessoa horrenda.

É triste, mas muito bem escrito e, facilmente imaginamos Kevin, vemos Kevin. E, vemos Eva, que não se considera uma boa mãe principalmente por não ter amado seu filho como pensava ser correto. Na minha opinião, Kevin é impossível de ser amado quando se enxerga como ele é. Eva enxergava.

Vale a leitura e, como o próprio tema já deixa claro, não é uma história com final feliz.

bruna 09/07/2021

Precisamos falar sobre o Kevin:
Kevin foi uma criança entediada a disposta a dificultar a convivência social, por esses motivos o garoto se torna um adolescente inconsequente e vingativo. Em uma quinta feira Kevin executa onze pessoas em um massacre na escola, com tudo planejado por ele. Seus objetivos foram bem claros desde o começo e cada pessoa morta naquele dia foi escolhida especificamente por suas próprias características.

Mas o livro não é só isso. 'Precisamos falar sobre o Kevin' vai muito além do ato principal descrito na sinopse e nos faz perguntas internas o tempo todo. "Será que é possível odiar nosso próprio filho?" é o principal questionamento da obra.

É um livro pesado do começo ao fim com detalhes muito bem colocados para incomodar. É um livro inquietante por que é escrito do ponto de vista de Eva (mãe de Kevin), em formato de cartas para seu marido, que era o único quem poderia ter entendido a cabeça perturbada de seu próprio filho.

Foi uma leitura densa e difícil que não me acostumei logo nas primeiras páginas, só que próxima do final a narrativa foi fazendo sentido e o suspense ficando muito mais forte. Recomendo a todos e não só unicamente as mães e pais, pois mesmo na ficção uma história como essa pode se tornar real facilmente. Nota 5 e favoritado.

Lets_abueno 20/07/2021

Polêmico e obrigatório
Precisamos Falar sobre o Kevin é um verdadeiro tapa na cara da sociedade.

Eva tem uma carreira brilhante, é casada com o seu "homem perfeito" e é feliz. Mas ao perceber que faltava algo a mais, por querer repetir sentimentos, reluta em aceitar que quer um filho. Relutância essa que acaba por gerar Kevin, um garoto pronto, que oscila entre a maldade e a confusão.

Afinal, depois das atrocidades cometidas, poderia Kevin sentir algum remorso? E Eva, ela sabia bem que o não o queria, ela muitas vezes deixa claro que nunca gostou do filho, teria alguma culpa na carnificina?

A obra narra em cartas a aflição dessa mãe que, quase dois anos depois, ainda se faz estas mesmas perguntas. Então nos deixa conhecer seu passado, suas angústias, sua vida familiar, enquanto tenta desesperadamente encontrar as respostas.

Essa é uma leitura muito necessária. Embora tenha envelhecido um pouco mal, segundo as condutas morais de hoje, mostra ter uma grande referência para mulheres que não querem ser mães, mas que acabam sendo impelidas a sentirem que "querem sim", porque filhos respondem a grande questão humana; à mulheres que já em maternidade se sentem vazias; à pais que empregam suas expectativas em filhos que não foram feitos para satisfazê-las.

Vale a leitura, do começo ao fim.

Daniela.Tomé 10/08/2021

Que leitura difícil.
O livro é extremamente descritivo, a partir dos 70% me senti enojada e quis largar a história.. porém terminei. É realmente uma leitura dolorosa, difícil. O final é muito bom.. eu tive todos os sentimentos possíveis durante a leitura.. fiquei indignada com a negligência desses pais, a indiferença de ambos.. e claro que isso pode ter refletido no comportamento de ambas as crianças.. é uma leitura rica, que abre a mente pra questionamentos não só sobre legalização de armas como no âmbito familiar e social que os jovens estão inseridos. Gostei muito

Reeh 13/08/2021

Caramba !!!
Todo o livro é contado por cartas que a mãe de Kevin escreve.
Achei o livro muito interessante ... pois conseguimos ver pela perspectiva da mãe, tem partes do livro que a gente fica tipo assim ... meu Deus que menino é esse ?
Vale a pena ler !!

Tainá Veras 17/08/2021

O começo é chato. Muito arrastado, sem fluidez. Quase desisti por isso. Mas depois do nascimento do Kevin, a história melhora. Como era a Eva que contava, eu suspeitava que tinham coisas que era só da cabeça dela. A sensação de rejeição de um neném, era muito pesado e pra mim, era impossível. Mas quando a criança foi crescendo, eu comecei a pegar ódio do Franklin e mais ainda do Kevin. Quando a Célia chega, eu inconscientemente me apaixonei pela criança, que nem a Eva. Eu me vi na Célia, também fui uma criança que não dava "trabalho", que era quietinha e apaixonada pela mãe. Eu já imaginava que Franklin e Célia estavam mortos, pq em nenhum momento a Eva falava como eles estavam ou onde. E pq o Franklin nunca ia visitar o Kevin na penitenciária. Mas eu achava que Kevin tinha matado Célia, e o Franklin tinha se suicidado depois da quinta feira. Ainda acho a Eva muito forte, porque eu não aguentaria passar por tudo isso e no final conseguir "ficar do lado" do Kevin. Ela não passou pano, mas percebeu que só tinha ele, e ele só tinha ela.