Os demônios

Os demônios Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Os Demônios


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Cassius 27/04/2020

Uma história densa e profunda
É sem dúvidas o melhor livro que eu já li. Cheio de dúvidas, de questões em aberto... Suspense e várias emoções giram em torno dessa grande obra. Uma grande investida contra as forças niilistas da época de Dostoievski
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Ramalho 17/08/2021

Este é o livro mais místico de Dostoiévski; até agora... Os Demônios são todos aqueles que estão neste livro, é sobre eles. Sem duvida é um romance profético, Stálin está aqui, Hitler e Zaratustra. Quando o autor resolveu escrevê-lo, já tinha em mente que seria um romance em prol político, e não tem como não notar: é o romance mais estereotipado do autor; cada um dos personagens estão ali para um fim, zombar de tal personagem, criticá-lo e etc... já disse aqui na resenha do Padre Amaro que quando o autor escreve algo com o intuito de criticar uma ideia o livro tem uma "tendencia" de ficar estereotipado. No mais, o livro ganha nesse sentido, pois é um livro exemplo; dos livros com intuito de criticar uma ideia, uma pessoa, este é o melhor livro. Cheio de sarcasmo, zombaria, muitos momentos cômicos de verdade, de dar gargalhadas; e essa é a parte boa dos livros críticos.
Mas o que faz desse livro verdadeiramente boa é que todo o conceito critico de Dostoiévski, toda sua critica perante o materialismo está enraizada aqui. E ela é colocada de maneira muito profissional e gostosa de ser lida.
A edição é boa, o livro demora para começar pois é escrita em segunda pessoa, e o narrador demora pra engrenar, mas o final é supremamente bom e vale a pena a investida.
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Everton Godoy 12/08/2022

Me fez raiva, muita raiva!!
A respeito da leitura, é um pouco difícil de compreender.
Me abstenho de fazer qualquer tipo de comentário a respeito desse livro.
A única coisa que vou escrever é que fiquei com muita raiva no final e principalmente com o personagem Stavróguin!!
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lisa 19/12/2022

eu tinha expectativas bem grande para esse livro. sinceramente acho que é para ser uma das últimas leituras do dostoiévski, quando vc estiver acostumado com as ideias nas quais ele frequentemente desenvolve em outros livros e com o ritmo lento. esse livro é MUITO LENTO. tem MUITA informação desnecessária. é cheio de detalhe específico sobre a política da época, o que as vezes não é nem um pouco interessante ou fácil de entender. tem personagens que literalmente não são nem um pouco fascinantes.
mas o que definitivamente se destaca, rouba toda a cena e garante a nota alta que eu dei pra ele é o personagem do Pyotr Verkhovensky, que é claramente visto como uma espécie de "vilão" pro autor. ele faz tudo acontecer e não é tão difícil se sentir curioso pelo próximo movimento dele.
não gostei nada do Stavrogin, que supostamente deveria ser um personagem que chama a atenção (acho que ele só fez pose e mta m3rda). outro ponto positivo foi o Kirilov, as discussões dele eram interessantes.
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Alessandro460 21/05/2023

A obra-prima apocalíptica de Dostoiévski
"Os Demônios" é considerado por muitos leitores e críticos literários o livro mais difícil de Dostoiévski. Realmente ler essa obra é uma experiência desafiadora. Por isso, eu não recomendo que você comece a ler as obras do autor a partir de "Os Demônios".
É um livro que exige uma grande "bagagem cultural". Ou seja, se você quer entende-lo plenamente - se é que isso possível- é necessário conhecer as principais vertentes de filosofia política, e, principalmente do contexto social da Rússia durante um período que abrande de 1840 a 1872 - ano que a obra foi publicada pela primeira vez.
Também soma-se a isso que o romance começa de forma um pouco confusa. Nas primeira duzentas páginas de calhamaço - tem mais sessenta páginas- o autor nos apresenta uma grande galeria de personagens por meio de comentários e extensos diálogos - um dos principais traços autorais de Dostoiévski.
Mas, se o leitor persistir, a leitura engrena e você dificilmente vai larga-lo. Ao contrário de "Crime e Castigo", "Os Demônios" tem passagens engraçadas - à moda de Dostoiévski, em que o humor bem acompanhado de uma boa dose de crítica social. De maneira implacável, Dostoiévski faz uma sátira corrosiva aos intelectuais defensores das ideias socialistas. Propositalmente, o autor os ridiculariza das mais diversas formas, seja a maneira empolada como um intelectual se expressa com palavras francesas para demonstrar sua erudição, ou os monólogos de alguns personagens - bastante extensos, que apaixonadamente defendem os princípios do socialismo, que á época da publicação do livro ganhava forma na Europa.
Mas, se o romance é engraçado em algumas passagens, uma grande sátira à visão deturpada dos socialistas a respeito da "Nova Rússia", por outro lado, ele tem trechos bastantes dramáticos, que também revelam a face mais terrível dos movimentos revolucionários.
Dois desses revolucionários (Nikolai e Piotr) que são líderes de um grupo secreto, com tendências socialistas e com características muito peculiares. Assim, grande parte dos eventos da trama giram em torno desses personagens - uma clara referência "os demônios" do título.
Em ambos chamam a atenção os traços demoníacos e as intenções malignas e até mesmo traços de psicopatia em suas ações terríveis.
É importante notar que Nikolai tem características (uma aura de mistério, enorme poder de sedução entre as mulheres, um certo desdém pela humanidade) que o associam aos vilões góticos que por seu turno tem como referência Lord Byron, um dos grandes representantes do Romantismo Inglês. - será "Os Demônios" - um livro antiromântico, que alerta sobre os perigos da idealização?
Seu amigo e companheiro de causa, o também muito misterioso Piort em alguns aspectos remete à figura o demônio tentador, que instiga a maldade em alguns personagens até levando-os a cometer crimes abomináveis.
Ou seja, é por meio da maneira como ambos são descritos, o autor sugere que eles são fruto da ideologia política de sua época, a qual eclodirá no movimento niilista que literalmente tocará o terror na Rússia, conforme demonstra uma das passagens mais marcantes o romance.
Vale lembrar que a inspiração do livro surgiu a partir de um evento real, no qual um crime brutal foi cometido na defesa de uma causa socialista. Dostoiévski ficou tão chocado com a notícia que a partir de então desenvolveu o enredo de "Os Demônios" que reflete com maestria sua preocupação e ansiedades diante das mudanças sociais e na política de seu país que, fatalmente, desembocaria no massacre durante a revolução Bolchevista.
Irônico, engraçado, e também bastante trágico e pessimista na maneira como enxerga a Rússia e, principalmente a sociedade russa sem uma identidade cultural, "Os Demônios" pode ser compreendido também como um importante registro histórico.
Nesse romance, o autor em muitos trechos faz de "Os Demônios" um poderoso manifesto político, filosófico religioso (às avessas) que de forma profética, com contornos apocalípticos, prevê os horrores que viriam a ocorre na Rússia na defesa dos ideias que, posteriormente, dariam origem ao regime comunista.
Em sua visão profética, o autor sinaliza as radicais mudanças socias e políticas que mudariam de maneira drástica a rotina do povo russo. Sendo assim, "Os Demônios" é sua obra- prima apocalítica, que como poucos previu o turbilhão ideológico que atingiria e reverbera na Rússia até a época atual.
É o tipo de livro que deve ser lido pelo menos uma vez na vida e demonstra a genialidade do autor, assim como sua habilidade de ver e revelar o que há de pior na natureza humana. Para mim, no que se refere a qualidade, está no mesmo patamar que "Crime e Castigo".
Sobre a edição: Minha experiência de leitura de "Os Demônios" foi feito com duas edições. Uma da Martin Claret e outra mais recente lançada pelo Sétimo Selo. Eu tinha comprado a primeira e por recomendação adquiri a segunda. Alternei lendo a do Sétimo Selo e em outro momento a da Martin Claret. Para isso foi interessante porque uma edição complementou a outra. A do Sétimo Selo é traduzida por Felipe e Nina Guerra considerados grandes tradutores do autor russo. Mas, devo dizer que a minha compressão de alguns trechos foi melhor na tradução do Oleg Almeida, que também revelou saber muito como traduzir Dostoiévski um dos mais geniais autores da Literatura Universal.
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Sergio330 13/11/2023

A Catarse no seu maior grau
A excelência se pressupõe no maior grau nas páginas desse livro. Se deparar com pessoas completamente ligadas a seu contexto social, desprovidas de nenhum heroísmo ou falso moralismo provoca no leitor o maior grau possível de enojo. Quando me deparei com o livro, não imaginava que me depararia com a crueza humana, com a vileza desprovida de maiores pesares, com Raskolvnikovs que conseguirem atingir a excelência. A realização de um ambiente cada vez mais insosso, mais purulento, e difícil de desencadear em algo bom gera ao leitor o maior desespero infindo. O maior desafio é compreender que nenhuma boa ideia pode florescer em pessoas tão deturpáveis. É expulso dessas pessoas somente o mais puro escarro, o mais puro nojo, que nos faz incapazes de entender se é pior as pessoas que tem ideia do que faz, ou as pessoas que são simplesmente ignorantemente alheias. A pior deturpação é aquela que tenta o poder supremo, o poder vilanesco, o que considera superiores e inferiores. Palmas para Dostoievski, parabéns desmedidos.
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Erick.Silva 29/02/2024

Caos humano
Dostoiévski é simplesmente incrível. É tanta informação, tantos sentimentos, emoções, linhas de raciocínio, filosofias, opiniões, que sempre levo muito tempo pra processar os livros dele, e ainda continuo pesquisando e debatendo muitos dias depois. Sempre sinto um certo desconforto devido a quantidade de caos, desespero, morte e crimes, mas isso é só o retrato da realidade humana, da vida em sociedade. Sensacional a forma como toda em tantas emoções, em tantos conflitos, dicotomias, impasses. Enfim, esse como os outros livros dele me deixaram pensando a respeito da vida de diversas formas diferentes e admiro isso demais!
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Paulo 06/06/2024

Panorama da mentalidade revolucionária
Eu já havia lido “Os irmãos Karamazov” e “Crime e Castigo”, ambos traduzidos por Paulo Bezerra, e “Memórias do Subsolo”, por Boris Schnaiderman. No que diz com a tradução, este “Os Demônios”, traduzido por Nina Guerra e Filipe Guerra, tem o texto mais fluido. Achei muito bom de ler e fiquei realmente impressionado com a dinâmica da narrativa, parecia até que estava lendo um livro escrito originariamente em português.

Sobre o romance, é mais um gol de placa do escritor russo. Talvez esteja diante do maior romancista da humanidade. Depois de “Os irmãos Karamazov”, este é o que mais gostei. Mas todos os outros são excelentes, fica difícil comparar as obras. Mas vamos às minhas impressões sobre “Os demônios”.

O livro é dividido em três partes, com capítulos em subdivisões, o que facilita bastante a leitura. A trama se passa em uma cidade interiorana russa, não identificada, na segunda metade do século XIX.

Na primeira parte, o foco é a vida de Stepan Trofímovitch Verkhovênski, intelectual, materialista, ateu e literato, que gostava de posar de “perseguido” e “deportado” e se dava ares de importância. Tinha fama, no estrangeiro, de ter sido revolucionário, seja verdade ou não. Teve carreira frustrada nas letras e vivia às custas de Varvara Petrovna Stavróguina, viúva rica, mulher de personalidade forte com tendências modernas e progressistas. Ambos viviam uma espécie de amor platônico, convivendo entre a paixão e o ódio recíprocos, em um relacionamento de mútua dependência.

Varvara tentou fundar uma revista literária para Stepan, em Petesburgo, mas não obteve êxito. Ela tentava realçar a “genialidade intelectual” dele perante a sociedade provinciana.

Stepan foi casado por duas vezes e enviuvou nas duas. Do primeiro casamento, teve o filho Piotr Stepánovitch, que abandonou para ser criado por parentes distantes. Foi também preceptor de Nikolai Stavróguin, filho de Varvara, mas não prosseguiu com a sua instrução. Esse fato é importante porque o próprio autor, em carta, ressalta a relação de filiação entre a geração de Stepan e os dois vilões da história, Piotr e Nikolai.

A segunda parte da obra foca mais na vida de Piotr Stepánovitch e Nikolai Stavróguin. Ambos retornam para a cidade onde se passa a trama e integram um grupo revolucionário, que pretendia subverter a ordem social e implantar o socialismo. O autor trabalha com maestria, a partir da personalidade de quatro personagens integrantes do grupo revolucionário, ideias centrais que estavam em vigor na sociedade russa.

Nikolai Stavróguin, filho de Varvara, tinha a vida ganha: bonito e rico, vivia uma vida sem sentido, entregue aos prazeres do corpo e ao materialismo. Integrava o grupo revolucionário não por convicção, mas para escapar do tédio, procurando uma vida de emoções.

Kiríllov viveu um tempo na América e encarnava o absurdo da vida, o non sense, tendo com o suicídio a saída filosófica para seus questionamentos.

Chatóv era patriota e ao final passou a acreditar em Deus. Teve um breve momento de felicidade com o retorno de sua ex-mulher e o nascimento do filho dela.

Piotr Stepánovitch é a personagem demoníaca da histórica, uma descrição incrível da mente revolucionária que procurava subverter a ordem social. Maquiavélico, manipulador e irônico, ensinava como implantar o socialismo: inventar cargos, usar o sentimentalismo, acabar com o individualismo, uma décima parte manda nos nove décimos restantes, espionagem recíproca entre os camaradas, obediência total, falta de personalidade total, propagação do alcoolismo, do mexerico, da denúncia, propagação da depravação, abafar os gênios individuais…

Na terceira parte da obra acontecem atos revolucionários concretos, mas ineficazes e até certo ponto ridículos para o desiderato de contestar o poder do czar: o grupo “revolucionário” incitam uma manifestação de funcionários de uma fábrica, avacalham uma festa social promovida pela governadora e promovem um incêndio. Mas vão além e praticam homicídios de inocentes e até de um membro do próprio grupo, sob o qual pesava tênues suspeitas de que iria deletar os demais….

Uma obra atemporal, não só pela crítica da mentalidade revolucionária e por ter profetizado a revolução comunista russa, mas sobretudo por investigar as mazelas da natureza humana. Embora as personagens principais tenham invariavelmente fins trágicos, a redenção de Stepan Trofímovitch Verkhovênski, pela aproximação com Deus, mostra uma saída esperançosa para o homem na visão do escritor russo.

Imperdível.
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Lia Earnshaw 07/07/2024

Trágico e perfeito
Dostoievski consegue criar personagens tão humanos, sensíveis e imperfeitos. Até o mais vil deles consegue nos marcar de alguma forma. Estou de coração partido com esse aqui, e recomendo a leitura apenas se você achar que seu coração aguenta.
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yasneryst 23/08/2024

Um livro sobre insignificância.
É um livro onde fica evidente a ironia, essas pessoas se dizem importantes, se dão um valor tremendo, acreditam no próprio impacto, mas no fim não são ninguém.
Imagine você achando que faz parte de algo, que vai virar história, que seus movimentos mudarão o futuro, que as gerações lhes serão gratas e, na verdade, não tinha nada daquilo.
A maioria das pessoas vai viver e vai morrer sem que a maioria das outras faça ideia, e qual o problema nisso? Algumas dessas pessoas que não serão ninguém são de fato geniais, brilhantes e vai ser triste que os outros não vejam o que você vê, mas você viu e deveria ser o bastante.
Enfim, é um livro denso, difícil de ler, enrolado de entender, mas que causa grandes reflexões. Para leitores experientes que desejam se desafiar sem deixar de se divertir.
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Franc.Assis 04/01/2017minha estante
Há uma pequena inconsistência: Nietzche não poderia profetizar acerca dos personagens deste livro já que o mesmo o antecede em pelo menos uma década. Na verdade o personagem Kirilov seria quem poderia estar profetizando Nietzche.




Tiago sem H - @brigadaparalela 07/10/2014

A história é ambientada em uma província da Rússia, onde começamos a acompanhar a história de Stepan Verkhovenski e sua amizade com Varvara Pietrovna ao longo dos anos. Pela locução de Anton, um amigo de Stepan, serão descritos a sociedade da época, seus costumes, as intrigas e todos os entrelaçamentos decorrentes dos conflitos gerados por seus habitantes.

Nunca pensei que o primeiro livro que leria do autor fosse outro se não Crime e Castigo, até pela importância e fama que a obra tem no meio literário. Graças ao RGBC, Os Demônios passou na frente e mesmo que o livro tenha me consumido quase 2 meses de leitura, foi uma experiência única.

Os Demônios também é conhecido como Os Possessos em edições antigas e como nunca li nada do autor, não tenho padrões para comparar entre suas obras, porém, posso afirmar que o livro é muito atraente. Primeiramente pelas descrições que Dostoiévski faz dos cenários e das roupas da época, o leitor consegue personificar quase com precisão o ambiente criado, além das descrições dos personagens. À medida em que mais e mais personagens são acrescentados à história, temos os detalhes de suas roupas, suas fisionomias e em certos casos até um pouco do seu passado, caso seja pertinente naquele momento e esse padrão vai desde os personagens principais e coadjuvantes a até aquele figurante que tem apenas uma fala.

Temos como núcleo principal no início da história, o desenrolar da estranha amizade de Stepan, um professor aposentado e Varvara, uma viúva muito rica e importante da província, contudo, com o decorrer dos anos e da trama, os núcleos são alterados e logo, a história é focada em Piotr (filho de Stepan) em Nikolai (filho de Varvara) e na sociedade secreta por eles organizada, sociedade esta chamada de Os Demônios.

Desde o primeiro momento, cada personagem, por mais simples que ele seja, irá significar uma peça importante para o quebra-cabeça montado por Fiódor e aquele livro que começou um pouco lento e arrastado, começa a ter uma sequência de mortes importantes para a trama e que deixa o leitor de boca aberta.

O meu grande problema com o livro foram os nomes russos, sendo que lá na metade do livro, não sabia quem era quem...o que tive que fazer? Voltar a leitura toda e fazer anotação dos personagens, ai sim a trama fluiu do jeito que eu esperava e que o livro merecia.

O ponto religioso também terá influência na obra e temos conflitos da existência ou não de Deus entre os personagens, conflitos estes bem sustentados por diálogos inteligentes e sagazes que só quem sabe escrever muito bem é capaz de articular.

Com uma história intricada, que absorve o leitor para a Rússia e permite que ele sinta todo o ambiente criado pelo autor, Os Demônios é um bom início para as obras de Dostoiévski, apesar de que são mais de 700 páginas de narrativa, o que pode cansar a alguns leitores.

site: http://brigadaparalela.blogspot.com.br/2014/10/rgbc-01-os-demonios-fiodor-dostoievski.html
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Irene 30/01/2019

Uma brilhante aproximação das ideologias políticas surgidas no Séc. XIX
Dostoiévski sempre teve uma capacidade incrível de trabalhar com os fatos históricos para montar uma narrativa profunda e densa. Em ?Os demônios?, longe de ter um juízo pré-concebido sobre um determino grupo que emergia na Rússia da segunda metade do século XIX, o autor busca compreender a complexidade psicológica das personagens em sua articulação com os eventos políticos de então. Ler esta obra como uma denúncia das ideologias autoritárias que surgiriam décadas depois é superficial. Dostoiévski não estava interessado em dar sua opinião, mas sim desenvolver uma rede de relações de personagens que pudessem retratar de forma mais dialética as ideias que estavam se formando então, com suas contradições e incertezas, mas nem por isso inválidas em sua visão. ?Os Demônios? é muito mais do que um julgamento, é uma massiva obra de análise histórica, com todas suas nuances e caminhos oblíquos que o escritor russo sempre gostou de percorrer.
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