Raquel 06/09/2021Quincas BorbaA história gira em torno da figura de Rubião, um professor primario de Barbacena que herda os bens de seu amigo Quincas Borba, com a condição de cuidar do cão do falecido, que possui o mesmo nome do dono, ou seja, Quincas Borba.
O novo rico, então, se muda para o Rio de Janeiro e passa a ser explorado por ?amigos?, como o casal Sofia e Cristiano Palha.
Deslumbrado pela beleza e gentileza de Sofia, Rubião se apaixona por ela e chega a se declarar, sendo rejeitado por ela. Sofia relata o ocorrido ao marido que a incentiva a não cortar relações com Rubião devido a seu interesse na fortuna do mesmo. Triste por ter sido rejeitado, aos poucos, Rubiao vai ficando louco.
Machado faz forte crítica as relações sociais da época, abordando as relações por interesse, traição, poder, aparencia, loucura, ironia, imoralidade e falsidade.
A tematica principal do livro é o jogo de interesses da classe burguesa, começando pelo interesse do próprio Rubião, que cuidou do amigo Quincas Borba por 6 meses a espera de que este lhe deixasse algo como herança. Ao longo da história ha um desfile de personagens que se aproveitam da bondade e ingenuidade de Rubião. A falta de escrúpulos do casal Palha é apenas o primeiro exemplo disso: Cristiano e Sofia representam verdadeiras paródias da crença romântica na sinceridade humana: o primeiro é um falso amigo, enquanto a segunda usa as armas da sedução para manter o pobre Rubião sob controle e para permitir ao marido uma exploração constante.
A temática da traição, sempre presente nas obras de Machado, é insinuada no interesse que Sofia manifesta pelos homens que a cortejam ? como Rubião e Carlos Maria. Não chega a acontecer de verdade, mas provavelmente porque a moça encontre no marido o seu melhor parceiro no arte de manipular as pessoas ? esta sim, a temática central da obra.
A história sugere a existência de uma sociedade improdutiva e parasitária, dissimulada sob máscaras de duvidosas transações financeiras e falsos elogios. Uma sociedade na qual o jogo de aparências exerce uma ação poderosa e irresistível.
A história é narrada em terceira pessoa e, como é comum nas obras de Machado, o narrador é irônico e gosta de manipular leitoras e leitores, com quem, às vezes, dialoga.
E porque o livro se chama Quincas Borba? Analisando com olhar romântico, eu diria que o nome se deve a Quincas Borba, o cachorro, único amigo verdadeiro de Rubião ao longo de todo o livro.
Mas levando em consideração a teoria filosófica de "Humanitismo" criada por Quincas Borba, o filósofo, que considera que, na luta incessante pela sobrevivência, os fracos padecem e os fortes permanecem vivos e manipulando outros, a história de Rubião confirma a filosofia de Quincas Borba. Os Palha não fazem mais do que seguir a máxima segundo a qual ?Humanitas precisa comer?. Eles seguem à risca essa prescrição, alimentando-se da fortuna e da credibilidade de Rubião. Os espólios da guerra se destinam aos vitoriosos, segundo outra máxima da filosofia, ?Ao vencedor, as batatas? ? a frase repetida várias vezes por Rubião no final do livro. Este, por sua vez, é o derrotado justamente por representar o anti-Humanitas: nada em sua vida foi conseguido com lutaA história gira em torno da figura de Rubião, um professor primario de Barbacena que herda os bens de seu amigo Quincas Borba, com a condição de cuidar do cão do falecido, que possui o mesmo nome do dono, ou seja, Quincas Borba.
O novo rico, então, se muda para o Rio de Janeiro e passa a ser explorado por ?amigos?, como o casal Sofia e Cristiano Palha.
Deslumbrado pela beleza e gentileza de Sofia, Rubião se apaixona por ela e chega a se declarar, sendo rejeitado por ela. Sofia relata o ocorrido ao marido que a incentiva a não cortar relações com Rubião devido a seu interesse na fortuna do mesmo. Triste por ter sido rejeitado, aos poucos, Rubiao vai ficando louco.
Machado faz forte crítica as relações sociais da época, abordando as relações por interesse, traição, poder, aparencia, loucura, ironia, imoralidade e falsidade.
A tematica principal do livro é o jogo de interesses da classe burguesa, começando pelo interesse do próprio Rubião, que cuidou do amigo Quincas Borba por 6 meses a espera de que este lhe deixasse algo como herança. Ao longo da história ha um desfile de personagens que se aproveitam da bondade e ingenuidade de Rubião. A falta de escrúpulos do casal Palha é apenas a evidência mais clara de comportamentos que, na verdade, atingem outras personagens do livro. Cristiano e Sofia representam verdadeiras paródias da crença romântica na sinceridade humana: o primeiro é um falso amigo, enquanto a segunda usa as armas da sedução para manter o pobre Rubião sob controle e para permitir ao marido uma exploração constante.
A temática da traição, sempre presente nas obras de Machado, é insinuada no interesse que Sofia manifesta pelos homens que a cortejam ? como Rubião e Carlos Maria. Não chega a acontecer de verdade, mas provavelmente porque a moça encontre no marido o seu melhor parceiro no arte de manipular as pessoas ? esta sim, a temática central da obra.
A história sugere a existência de uma sociedade improdutiva e parasitária, dissimulada sob máscaras de duvidosas transações financeiras e falsos elogios. Uma sociedade na qual o jogo de aparências exerce uma ação poderosa e irresistível.
A história é narrada em terceira pessoa e, como é comum nas obras de Machado, o narrador é irônico e gosta de manipular leitoras e leitores, com quem, às vezes, dialoga.
E porque o livro se chama Quincas Borba? Analisando com olhar romântico, eu diria que o nome se deve a Quincas Borba, o cachorro, único amigo verdadeiro de Rubião ao longo de todo o livro.
Mas levando em consideração a teoria filosófica de "Humanitismo" criada por Quincas Borba, o filósofo, que considera que, na luta incessante pela sobrevivência, os fracos padecem e os fortes permanecem vivos e manipulando outros, a história de Rubião confirma a filosofia de Quincas Borba. Os Palha não fazem mais do que seguir a máxima segundo a qual ?Humanitas precisa comer?. Eles seguem à risca essa prescrição, alimentando-se da fortuna e da credibilidade de Rubião. Os espólios da guerra se destinam aos vitoriosos, segundo outra máxima da filosofia, ?Ao vencedor, as batatas? ? a frase repetida várias vezes por Rubião no final do livro. Este, por sua vez, é o derrotado justamente por representar o anti-Humanitas: nada em sua vida foi conseguido com luta, mas por acaso. Sua loucura gradativa ? a mesma, aliás, que assolou o filósofo ? é a confirmação do destino de quem acreditou excessivamente na aparência.